O “Covid 19” trouxe consigo alguns desafios além da própria pandemia. Chegou surpreendendo pela sua rápida disseminação e as consequências graves que impôs à muitos pacientes de maneira abrupta.
Outra situação que desde o seu início foi observada é a “sua manifestação” através de uma doença crônica pré-existente na pessoa, por exemplo de uma enxaqueca que há mais de 20 anos não se fazia presente e, de repente retornou ou do agravamento de uma doença como dos sintomas de diabetes. O indivíduo estava compensado com os cuidados que estava tendo (alimentação, exercícios físicos, medicação, etc) e, de repente tudo piora sem muita explicação.
E, ainda, outra observação é a de que no finalzinho da fase aguda, mesmo de um quadro brando de Covid com evolução satisfatória, surgiram os sintomas de uma doença crônica pré-existentes.
O que se vê acontecer a partir daí é a manutenção de desconfortos físicos (cansaço, sonolência, falta de ânimo, dores diversas pelo corpo, imunidade mais frágil, transtornos digestivos como diarréias ou constipação intestinal; alergias respiratórias e de pele,distúrbios da pressão arterial, etc), psicoemocionais (depressão, TDAH, etc) e/ ou intelectivos (memória, por exemplo). São inúmeras as formas que as sequelas do “Covid” se apresentam de acordo com a hereditariedade e a susceptibilidade do indivíduo naquele momento, com a estação do ano em que nos encontramos.
Além do que é vivido pelas pessoas e as famílias, isso ocasiona absenteísmo escolar e ao trabalho de maneira recorrente.
Samuel Hahnemann, criador da Homeopatia, deu a conhecer alguns conceitos essenciais em relação às doenças crônicas que fundamentam o seu tratamento, evolução e prognóstico. O que isso significa: com o tratamento homeopático se observa uma melhora desses quadros crônicos e a diminuição das suas recorrências.
Dentro desses conhecimentos de “Doenças crônicas”, Hahnemann as classificou em “verdadeiras” e “falsas”. As primeiras, conceitualmente, são aquelas que só caminham para a melhoria e a cura com o tratamento homeopático adequado e nas “falsas” isso de dá ao serem retirados os “obstáculos à cura” ( alimentação inadequada, falta de exercícios físicos, desatenção, etc)
Resumindo, o “Covid” pode se apresentar de maneira aguda ou crônica. Na crônica pode ter inúmeros tipos de manifestação e até deixar de se fazer uma relação com a doença “Covid” que a pessoa teve. Às vezes, depois do doente passar por consultas em especialistas (Neurologia, Gastroenterologia, Endocrinologia, Psiquiatria, Reumatologia, Ortopedia, entre outros) é que algum deles identifica que aqueles sintomas surgiram junto com o “Covid”. O importante, junto com a avaliação e o acompanhamento médico adequado, é evitar ou retirar da rotina diária os “obstáculos à cura” na medida do possível.
O “Covid” parece que trouxe e está exigindo uma qualidade atencional constante para que a saúde possa ser reestruturada.
Margarida Maria Vieira
Homeopatia, Pediatria
Coordenadora do ILLAH Instituto de Saúde e Educação
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