Às vezes me pego a pensar que ainda é pequeno o número de intercorrências como RGA (refluxo gastroesofágico), cólicas do RN (recém nascido), diarréias sem causa aparente nos primeiros meses de vida e outros transtornos digestivos, respiratórios, da pele e renais. Prá que começo este artigo sobre “Alimentação Infantil” com esta minha divagação?

Quando eu era estudante foi me dito que nos primeiros meses de idade a mucosa do trato digestivo não tem capacidade para tolerar alimentos instantâneos….o que vemos hoje: já na maternidade os recém nascidos recebem formulas lácteas instantâneas…como se isso não fosse suficiente, o lactente passa a ser alimentado com alimentos industrializados, e aí nem considero as frutas e verduras submetidas a agrotóxicos.

Sorte tem a criança que é amamentada…pelo menos até os 6 meses está mais protegida desta “agressão”…tendo algum sofrimento apenas nos casos de alergia alimentar, até ser identificado o alergeno alimentar que está presente na dieta da Mãe.

Outro fator agravante ó o “sugar” prolongado. Pelo nosso DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor), o sugar deveria ser exclusivo até rasgar o primeiro dente, a partir daí é importante associar alimentos que necessitam da mastigação. O que pode acontecer quando o “sugar” é prolongado: dificuldade p/ respirar pelo nariz, dificuldade para articular com clareza as palavras, má digestão (tem substancias=enzimas digestivas que são produzidas pelo estímulo da mastigação) Falando dos alimentos em si:

–até o sexto mês o ideal é a amamentação………as razões tanto a nível físico quanto psicoemocionais são amplamente reconhecidas

—-após o sexto mês se introduz gradativamente os alimentos pastosos e, em seguida, os sólidos. As leguminosas (feijões, grão de bico, ervilha, lentilha) têm boa aceitação após o nono mês , o mesmo acontece com as folhas verdes.

O sal é tolerado após os 12meses A criança tem o seu paladar particular, por isso é importante repetir cada alimento novo pelo menos três vezes seguidas….a oferta de variedades de limentos também deve ser considerada…mesmo aqueles alimentos que não são muito do agrado das pessoas da família devem ser oferecidos à criança quando têm um valor nutritivo.

Manter a rotina (café da manhã, fruta, almoço, lanche da tarde e jantar) assim como o exemplo dos adultos alimentando-se (estado de harmonia e alegria a mesa, como os adultos mastigam e saboreiam os alimentos, etc) é fundamental na formação da criança quanto a sua Alimentação.

Consideração ao tempo em que o alimento deva ser introduzido, de acordo com a necessidade e a capacidade biológica da criança e alimentos mais orgânicos possível associado ao estado de amorosidade, gratidão, alegria e harmonia a mesa é a fórmula prescrita para que ela seja um ser saudável até a vida adulta.

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